quinta-feira, 7 de maio de 2009

Magritte

Tela intitulada "Os Amantes"


René François – Ghislain Magritte nascido na Bélgica em um período de conflitos culturais se tornou um dos expoentes da arte surrealista. Suas obras não retratavam o inconsciente como a grande maioria. Ela instiga a reflexão crítica ao modelo cultural e não somente as artes, objetivo não só dele mas de todos os artistas da vertente supra-real.


Um de seus quadros mais famosos intitulado “A traição das imagens” é um cachimbo pintado e embaixo a seguinte frase: “Ceci n’est pas une pipe” que quer dizer, isto não é um cachimbo. Sobre esse quadro Magritte dizia que realmente não era a peça em questão, é apenas uma representação, não é possível pegá-lo.


Mas a complexidade desse autor está naquilo que não vemos como na obra “O filho do homem” nela está retratado um homem de terno com um chapéu coco (artigo muito usado pelo autor nas suas pinturas) e uma maça cobrindo o seu rosto. Este quadro exerce forte crítica a sociedade burguesa, pois todos sempre querem ver o que está por trás, escondido. Magritte dizia que todos tinham um segredo e para realizar essa retratação ele usava objetos desproporcionais colocados em lugares inusitados.


Sem dúvida um de seus quadros que gera maior estranheza no público é “The Lovers” ou “Os amantes” na obra está retratado um casal se beijando com um pano sobre os seus rostos. Esta peça trás todos os conceitos críticos de Magritte sobre o modelo social de sua época. As cores deste quadro como nos demais são fortes e chegam muito próximo a realidade outro ponto explorado por ele e por autores do surrealismo.


Texto desenvolvido para avaliação da matéria arte e cultura

Um comentário:

William Dubal disse...

Oi, muito bom teu blog. A crítica que trata de cinema como a "sétima indústria" em post anterior é muito adequada. Sou estudante de filosofia, meu TCC aborda temas como indústria cultural. Este, em especial, é um tema que me persegue.

Outro dia estudei, em estética, o Magritte. Arte e ideologia são substância de suas obras. Penso que a tensão entre estes dois elementos moveram grande parte de seus quadros.

Bom ler coisas assim. Abraço!